Como explicar que seus sentimentos não vão invadir alguém?
Como manter as coisas como antes quando elas já não são iguais?
Como ser melhor pra que alguém não desista de nós?
Não tem resposta.
As pessoas desistem aos poucos, um dia após o outro, bem devagarinho.
Os abraços vão ficando afastados, o toque vai ficando desconfortável, o sorriso vai ficando sem graça.
Não dá pra forçar o que não está lá, não dá pra fingir o que não existe.
Nós vamos nos encolhendo como se quiséssemos encontrar uma maneira e reverter, voltar atrás. Como se fosse possível que alguém nos tirasse do vazio que fica com o adeus.
O que conforta é que um dia vamos olhar o sorriso aceso nos lábios do outro e vamos sorrir novamente por saber que o que importa é vê-lo feliz.
quinta-feira, 3 de outubro de 2019
quarta-feira, 9 de janeiro de 2019
Tentando
Sou uma bandeja bem segura e equilibrada com uma xícara de chá virada.
Equilibro a sujeira, os estilhaços e toda a umidade espalhada.
Seguro firmemente pra que não caiam e não machuquem ninguém.
Seguro firmemente pra que não caiam e não machuquem ninguém.
Quanto tempo eu aguento a bandeja até que derrube em alguém?
Nesse boldo observo a intenção da limpeza e o deslise que a maculou.
Nesse boldo observo a intenção da limpeza e o deslise que a maculou.
Acredito que alcanço a água, lavo à bucha a tralha, foi o que restou.
Será que eu chego a pia, limpo a avaria e me limpo também?
Será que eu chego a pia, limpo a avaria e me limpo também?
Ou será que tropeço no caminho por não aguentar sozinho o peso que tem?
Renovo a bandeja, pra que sirva a cereja para o bolo de alguém.
Quem sabe renovo apoio e sossego pra me equilibrar também.
Quem sabe renovo apoio e sossego pra me equilibrar também.
Saudades
Saudades do tempo que foi, e do que eu não vivi.
Saudades do sorriso frouxo, de todos os que eu perdi.
De sentir o peito batendo, a cada beijo/carinho.
Do abraço apertado correndo depois de um dia juntinhos.
Saudades do sorriso frouxo, de todos os que eu perdi.
De sentir o peito batendo, a cada beijo/carinho.
Do abraço apertado correndo depois de um dia juntinhos.
Saudades e medo que urgem, pois não sei o que o tempo mudou.
Metade do medo que surge é de saber quem hoje sou.
Metade do medo que surge é de saber quem hoje sou.
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