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terça-feira, 9 de fevereiro de 2021

Deixe o ciclo ser ciclo

É conflitante e desafiador lidar com qualquer mudança de padrões. Nos questionamos, questionamos outros...

A vida proprõe ciclos, onde cada mudança representa a abertura de um novo olhar que eventualmente levará a outras mudanças. Quando chegamos ao cume de tudo isso e observamos que não há mais o ser que fomos e entendemos que realmente é a hora de dar adeus aos padrões antigos, a despedida é dura. Afinal o ser que fomos nos ajudou em muitas parcelas dessa trajetória de vida. 
Vale a pena reconhecer a importância do que fomos, com todos os erros e acertos mas vale mais a pena deixar ir aquilo que não nos pertence mais. Honrar a capacidade de aprender que nos trocar de até aqui e seguir sabendo que ainda existe um mundo de mudanças a serem exploradas. 

Deixe a vida ser ciclo e deixe que o ciclos se fechem pra que novos se abram, afinal nenhum pneu dura pra sempre e a roda da vida merece continuar girando. 

sábado, 4 de janeiro de 2020

Como não olhar para o melhor de mim com toda a admiração? Foi tudo construído com tanto esforço, com tanto zelo.

Como deixar que alguém diga que algo em mim não tem valor?  Tem um mundo em torno de cada construção da minha vida.

Eu só posso te oferecer o melhor de mim, não importa o que você me oferece em troca, é só o que tenho pra dar.

Seu mundo é a linda construção que fez da sua vida. Se quer me oferecer o melhor disso estarei grata, se quer me oferecer uma parcela, estarei grata, se quer me oferecer uma imagem que acredita ser o que consigo lidar, estarei grata.

Qualquer que seja sua oferta, aceitarei dela, sempre o que for melhor pra mim e oferecerei sempre o melhor de mim.

quinta-feira, 3 de outubro de 2019

Consciência

Como explicar que seus sentimentos não vão invadir alguém?
Como manter as coisas como antes quando elas já não são iguais?
Como ser melhor pra que alguém não desista de nós?
Não tem resposta.

As pessoas desistem aos poucos, um dia após o outro, bem devagarinho.
Os abraços vão ficando afastados, o toque vai ficando desconfortável, o sorriso vai ficando sem graça.
Não dá pra forçar o que não está lá, não dá pra fingir o que não existe.

Nós vamos nos encolhendo como se quiséssemos encontrar uma maneira e reverter, voltar atrás. Como se fosse possível que alguém nos tirasse do vazio que fica com o adeus. 

O que conforta é  que um dia vamos olhar  o sorriso aceso nos lábios do outro e vamos sorrir novamente por saber que o que importa é vê-lo feliz.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2019

Tentando

Sou uma bandeja bem segura e equilibrada com uma xícara de chá virada.
Equilibro a sujeira, os estilhaços e toda a umidade espalhada.
Seguro firmemente pra que não caiam e não machuquem ninguém.
Quanto tempo eu aguento a bandeja até que derrube em alguém?
Nesse boldo observo a intenção da limpeza e o deslise que a maculou.
Acredito que alcanço a água, lavo à bucha a tralha, foi o que restou.
Será que eu chego a pia, limpo a avaria e me limpo também?
Ou será que tropeço no caminho por não aguentar sozinho o peso que tem?
Renovo a bandeja, pra que sirva a cereja para o bolo de alguém.
Quem sabe renovo apoio e sossego pra me equilibrar também.

Saudades

Saudades do tempo que foi, e do que eu não vivi.
Saudades do sorriso frouxo, de todos os que eu perdi.
De sentir o peito batendo, a cada beijo/carinho. 
Do abraço apertado correndo depois de um dia juntinhos.
Saudades e medo que urgem, pois não sei o que o tempo mudou.
Metade do medo que surge é de saber quem hoje sou.

Estou renegociando com o tempo, este meu velho amigo, piedoso e professor que teimou em passar antes de pegar a carga que deveria levar de uma das estações de minha vida.
Sendo assim resolvi propor que ele volte e a busque, ou se dobre pra que eu o alcance.

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Seria...


Seria fácil escrever se ainda me conhecesse, se ainda me visse como sou.
Seria simples a compreensão das palavras, o espelho de cada detalhe d’alma.
Mas não, não faço mais interação comigo mesma, nego a memória, subentendo as palavras.
Metáforas falam o que quero esconder. 
A serenidade galga espaço entre trovoadas de emoções e prioridades controversas.
Como encontrar a verdade no meio disso? Isso sou eu?
Não encontro o gatilho que me levará de volta. Será que ele existe?
Ando em direção aos meus sentimentos e corro segundos depois. Não quero ferir ou não quero ser ferida?
O que dói mais, a dor que causo ou a que aceito?? Ambas são a mesma?
As respostas são as perguntas. E sendo assim porque não me convenço?
Tantos questionamentos, fazemos nós, pra que seja desviada a atenção da vida que passa, pra que não enxerguemos a responsabilidade negada sobre os sorrisos e as lágrimas guardados.