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segunda-feira, 28 de março de 2011

Obrigada.

 
Fiquei sem ar, sem chão, sem vida.
Vi morrerem diante de mim, os mais ternos sonhos em que já fui capaz de acreditar.
Não que me sinta flagelada, ou deturpada, mas senti-me como uma pequenina que vê a morte diante de si, 
e que não pode sequer ter a chance de morrer pra não sentir tão imenso vazio.
Vi as lagrimas rolarem, senti escorrer de mim toda a verdade em que acreditava.
Ao dizer adeus pela ultima vez, sequer pude saber se seus olhos brilhavam, sequer soube que  o libertava, mas foi livre de mim que me ensinou outra vez.
Não sei quantos anos levei pra acreditar novamente que estava viva, não sei quanto tempo ainda levarei, e se será possível resgatar o que há de intimo em mim, mas fui salva.
Fui salva da imaturiade e do medo, ainda que imatura e medrosa.
Descobri cedo a desventuras da vida, as quais sou tão capaz de provocar quanto fui capaz de sofrer, e que todas as escolhas são responsabilidade única.
Percebi que uma faca que fere o peito de alguém, sangra o meu.
Percebi que ninguém é inocente, e  que todos somos, pois cada um é capaz de enxergar apenas com seu próprios olhos, e ainda que se façam todas as correções visuais sobre a vida, sem referencias não discernimos imagem alguma.
Foi a morte e a vida.
Ainda que jamais saiba destas palavras, e que jamais sinta o quanto pode mudar a vida de alguém, espero que chegue a ti a mesma luz que iluminou meu caminho, e que acima de todo vazio e escuro esteja sempre o ressurgir.

Um comentário:

  1. faço das suas as minhas palavras para duas pessoas que passaram em minha vida... obrigada por traduzi-las .. :)

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